O ministro da Educação, Camilo Santana, usou as redes sociais nesta quinta-feira (13) para dizer que “não haverá fechamento” das escolas cívico-militares. O governo federal decidiu encerrar o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares (Pecim). A decisão foi informada aos secretários de Educação de todo o País por meio de um ofício, revelado pelo Estadão e obtido pelo G1.

A fala do ministro acontece após estados e municípios anunciarem o que será feito com as unidades cívico-militares.


ACRE: Fim do programa não deve afetar unidades do estado


ALAGOAS: Escolas devem ser afetadas pela extinção do programa


AMAZONAS: Secretaria estadual analisa a decisão que impacta sete escolas


BAHIA: Única escola do modelo será mantida com recursos de Feira de Santana


DISTRITO FEDERAL: Escolas militarizadas não seguem programa e serão mantidas


ESPÍRITO SANTO: Escolas vão passar para administrações municipais


MINAS GERAIS: Estado analisa futuro da gestão de 17 escolas


MATO GROSSO DO SUL: Estado vai manter escolas cívico-militares; municípios avaliam


MATO GROSSO: Seduc-MT diz que irá manter escola cívico-militar


PARAÍBA: Municípios vão decidir se escolas continuam ou não no formato


PARANÁ: 12 escolas serão migradas para o modelo estadual cívico-militar, que já tem 194 escolas


PERNAMBUCO: Rede estadual não aderiu ao programa, mas 3 escolas municipais aderiram


PIAUÍ: Municípios mantêm escolas cívico-militares após fim de programa federal


RIO DE JANEIRO: Estado e município vão manter unidades cívico-militares


RIO GRANDE DO NORTE: Cinco escolas cívico-militares do RN serão afetadas


SÃO PAULO: Tarcísio diz que vai criar programa próprio e ampliar unidades em SP


TOCANTINS: Estado vai estudar novo formato para as escolas.


O programa

Criado em setembro de 2019, o Programa Nacional de Escolas Cívico-Militares começou a ser posto em prática no ano seguinte. Foi proposto com o objetivo de diminuir a evasão escolar e inibir casos de violência escolar a partir da disciplina militar.

O formato estabelecia uma cooperação entre MEC e Ministério da Defesa para dar apoio às escolas que optassem pelo novo modelo, bem como na preparação das equipes civis e militares que atuariam nessas instituições.

O programa descrevia que a parte pedagógica da escola permaneceria com os educadores civis, mas a gestão administrativa da instituição seria feita por militares.

Dentro da sala de aula, as escolas têm autonomia no projeto pedagógico. As aulas são dadas pelos professores da rede pública, que são servidores civis.

Fora da sala de aula, militares da reserva atuam como monitores, disciplinando o comportamento dos alunos. Eles não têm permissão para interferir no que é trabalhado em aula ou ministrar materiais próprios.

Fonte: G1/Foto: Leandro Alves/Bahia10